Cartas Natalinas à Mãe – Rainer Maria Rilke

Saudações Leitores!

Vim falar para vocês minha experiência de leitura lendo Cartas Natalinas à Mãe, do poeta austríaco Rainer Maria Rilke. De antemão quero confessar para vocês que só peguei o volume para ler porque traz a temática natalina, ou seja, não conheço a obra e nem conhecia o poeta até o momento que iniciei a leitura, portanto não tinha nenhuma expectativa. Juro.

Cartas Natalinas à Mãe tem uma proposta singular: trata-se de uma coleção de cartas/correspondência do poeta Rainer Maria Rilke para sua mãe, cartas que escrevia todo o Natal para ela.

Neste livro comovente, Rilke compartilha suas reflexões mais íntimas e profundas sobre a vida, o amor, a espiritualidade e a saudade da mãe durante o período natalino. As cartas revelam a sensibilidade única do autor, sua conexão com o divino e sua capacidade de expressar emoções de forma tocante e poética.

É possível observar quem em Cartas Natalinas à Mãe, Rilke mergulha na complexidade das relações familiares, na busca pela transcendência e na celebração da época festiva, criando uma obra que ressoa com autenticidade e emoção, enriquecendo a compreensão do leitor sobre a vida e as relações humanas. É um testemunho comovente da profundidade emocional e espiritual de Rilke, capturando a essência do Natal e da conexão maternal de uma maneira que ressoa além das páginas.

É válido ressaltar que a coleção de cartas conta com cartas endereçadas durante 25 anos à sua mãe, Sofia, e são textos bastante íntimos em que ele fala com honestidade sobre diversos temas, mas também sobre suas experiências de viagens, ao passo que em algumas cartas a gente percebe a emotividade impregnada, talvez de nostalgia em outras é perceptível uma frieza, de modo que em alguns momentos a leitura se torna um pouco maçante.

Além disso, me questiono a respeito do fato de Rilke ter escrito por 25 anos para sua mãe, mas não ter de fato se direcionado à ela para passar efetivamente algum desses natais juntos, próximos, conversando pessoalmente, acredito que por ter tido essa percepção que me fez julgar um pouco a relação dele com a mãe, refleti também que, mesmo que as cartas tenham sido publicadas neste livro, tive uma sensação de estar invadindo e lendo as correspondências alheia, palavras que eram bonitas, que remetiam a sentimentos bonitos, mas que não eram tão reais…. eram fachada.

Terminei Cartas Natalinas à Mãe com uma dupla sensação: gostei e não gostei. Gostei porque temos uma boa literatura que vai remeter a momentos históricos e transformadores, um bom texto; não gostei porque não senti áurea natalina de fato e isso me perturbou, pois era o que eu estava buscando no livro.

No mais, desejo boas leituras, até a próxima postagem!