Uma Farsa de Amor na Espanha – Elena Armas

UMA FARSA DE AMOR NA ESPANHA, para mim, faz sucesso apenas no Tik tok porque na real? O livro é 100% clichê, não traz nenhuma novidade e o pior: é cansativo e chato.

Saudações Leitores!

Já começo esse veredito pedindo desculpa se você tiver lido UMA FARSA DE AMOR NA ESPANHA e ter eleito esse livro um de seus favoritos, se esse for o caso, você provavelmente não sabe o que é livro bom ou leu todas essas mais de 500000 páginas errado (a impressão que a gente tem é que o livro não acaba nunca). A autora espanhola e norte-americana Elena Armas até pode ter se esforçado, mas seu livro é um tiro no pé.

Sabe o clichê de comédia romântica que temos uma protagonista – no caso desse livro ela é bem chata – que acaba inventando uma história para toda a família dizendo que, além de bem sucedida profissionalmente, superou o ex-namorado e está com um novo namorado incrível? Quer mostrar para a família fofoqueira que ela não está sozinha e que ela é uma mulher completa só porque tem um homem do lado dela, mesmo que esse namoro seja só de “mentirinha”, porém no decorrer da história e das “vivências” ela acaba caindo de amores pelo cara que se comprometeu em ajudá-la nessa farsa?

“É difícil ter motivação diante de uma perspectiva tão desanimadora.”

 

Provavelmente vocês já leram livros ou assistiram uma dúzia de filmes com essa  premissa e é exatamente isso: o mais do mesmo, porém escrito de uma forma enfadonha e com personagens que passam a léguas de serem cativantes. Cada página desse livro é uma morte horrível.

Deixem-me situá-los a respeito do enredo desse  livro, temos a protagonista, chamada Catalina que é espanhola, mas há anos mudou-se para os Estados Unidos e trabalha numa boa empresa, tem amigos, é extrovertida, porém vê-se no dilema: o casamento da irmã está chegando e ela precisa ir para a Espanha prestigiar o grande evento, porém, como ela fugiu da Espanha devido um relacionamento fracassado e, sabendo que o ex agora está noivo e irá levar sua atual para o casamento, Catalina – ou Lina –  num impulso informa a todos que também irá levar o namorado, sendo que ela não tem namorado.

 

“Você sabe que o universo não gosta tanto assim de você quando, depois de uma semana exaustiva, coroada com a sexta-feira catastrófica, começa a chover no segundo em que você sai do escritório.”

 

Começa uma corrida contra o tempo para encontrar alguém que queira fingir ser esse namorado apaixonado e, adivinhem só: seu companheiro de trabalho – e  quem Lina mais odeia -, chamado Aaron acaba se oferecendo para ser o namorado dela de mentirinha.

Desde o princípio fica claro que Aaron, apesar de frio e calculista, tem um verdadeiro crush por Lina, mas a mulher é uma tonta e se recusa a ver o que está na cara dela o tempo todo e isso se torna bastante enfadonho, até mesmo quando ela percebe que seu ódio por Aaron vira amor, ninguém mais (nós leitores) não conseguimos vibrar por isso, principalmente quando ela percebe que o amor é correspondido – caramba o cara sempre deu todos os sinais!

“Meu Deus, como eu tinha chegado a ponto de ter que inventar um relacionamento para não me sentir uma fracassada?”

 

UMA FARSA DE AMOR NA ESPANHA demora muito a engatar, se é que posso dizer que engatou, porque não creio nisso… li na força do ódio e só pra poder dizer que não abandonei e alguém comentar que o livro melhorava. Não melhora. É ruim do começo – sem sal – até o fim – super ensosso e cheio de fios soltos.

Os diálogos não são interessantes (e temos muitos diálogos), os acontecimentos demoram muito a acontecer e quando enfim acontecem, não superam as expectativas, a narrativa é amadora e os personagens não tem profundidade e, praticamente não temos quase nada acontecendo ao redor do casal, apenas a trama deles e tchau, o que torna o livro ainda mais maçante: não há personagens secundários que ajudam a sustentar a histórias e os que aparecem não “roubam” a cena, não encantam e nem tem desenvolvimento e/ou profundidade. UMA FARSA DE AMOR NA ESPANHA é um verdadeiro fiasco.

 

“Não somos programados para perder as pessoas que amamos; não tem jeito certo ou errado de viver um luto. A gente dá nosso melhor, mesmo quando, com alguma frequência, nosso melhor não é o bastante.”

 

Provavelmente UMA FARSA DE AMOR NA ESPANHA teria funcionado melhor se fosse um filme de sessão da tarde, mas passar mais de 400 páginas nesse enrola e desenrola sem fim é inadmissível. Foi horrível. Sem mais.

Vou finalizar esse veredito sem deixar indicação, porque – obviamente – não recomendo esse livro, mas se quiserem ler, leiam e sejam felizes… ou não. Até o próximo post!