Sinopse: Monja, jornalista, pensadora. Por trás da figura serena e sempre alegre, existe uma das maiores personalidades brasileiras da atualidade. Suas convicções são precisas e duradouras, mesmo que transmitidas de maneira doce e leve. Seus ensinamentos têm formado uma geração livre de preconceitos religiosos e focada na evolução do eu interior, na liberdade dos pensamentos, no controle do ego e principalmente na possibilidade de ser zen em um mundo caótico. Aqui, Coen Roshi conta sua história com um olhar inusitado. Às vezes emotivo, em outros momentos sarcástico, mas sempre com a capacidade de fazer de um instante o infinito e do infinito um instante. Descubra por que o silêncio foi tão importante em meio a tantas histórias barulhentas e dissonantes.
Resenha/Opinião: Essa obra trás em cada página uma surpresa, até mesmo para aqueles fãs e seguidores que acompanham o trabalho da Monja Coen há algum tempo, pela primeira vez vão ter contado com fatos da vida dela antes de se tornar monja, alguns relatos sobre o processo e também outros sobre o pós ordenamento. Acredito que muitas vezes vemos as pessoas pelo que elas são hoje em dia, não pensamos que essas pessoas têm um passado, até mesmo nossa querida Monja Coen.
O que aprendi com o silêncio é uma autobiografia escrita pela própria Monja, que como ela mesma diz são “retalhos de uma memória”, relatos de episódios de uma vida que nem sempre foi doce, nesta obra as partes amargas são descritas pela autora com ar de leveza, nada que não esperássemos dela. Até mesmo nas partes mais difíceis da leitura, consegui imaginar a autora relatando os fatos com seu tom de voz calmo e a fala simples e eloquente que sempre oferece àqueles que a escutam.
Fatos concretos da vida e relatos de detalhes da memória da autora tornam a leitura surpreendente a cada página, relacionamentos amorosos conflituosos, abusos e até mesmo problemas psiquiátricos são temas aqui, o que foi, pelo menos para mim, uma enorme descoberta. A partir das fragilidades e desafios apresentados, acabei conseguindo observar a Monja Coen, um ícone pessoal na minha vida, como também um ser humano com suas fragilidades e falhas, meu olhar além da enorme admiração por quem ela atualmente é, hoje também é um olhar de empatia por quem ela já foi.
Uma moça determinada, de família de bom poder aquisitivo e bem casada, que largou tudo para se tornar uma aprendiz de Buda, hoje é a Monja tão conhecida e admirada que nos ensina cada dia mais a apreciar o presente, já que em nossas vidas nada é fixo, nada é permanente, a única coisa que podemos considerar permanente é a mudança.
Acredito que para todos aqueles admiradores e seguidores da Monja, o livro vai ser uma excelente leitura, conseguir observá-la como ser humano nos inspira ainda mais a entender e aceitar nossas próprias falhas. Por fim, preciso dizer que o último capítulo foi um turbilhão de informações que me deixou, de certa forma, atordoada em alguns momentos, mas confesso que me sinto um pouco mais próxima dela após ter lido mais essa obra.
Mais Notícias
Bem Mais Perto – Susane Colasanti
Bela Maldade – Rebecca James
Batendo à Porta do Céu – Jordi Sierra i Fabra