A SABEDORIA DA TRANSFORMAÇÃO – MONJA COEN

Sinopse: Para buscar e encontrar a transformação Neste livro, Monja Coen, missionária oficial da tradição Sôtô Zenshû para o Brasil, convida o leitor a lançar um olhar sobre si mesmo e a rever valores e conceitos. Num texto leve e bem-humorado, conta fatos históricos e situações cotidianas, fala de personagens ilustres e de pessoas comuns. A sabedoria da transformação procura nos conscientizar da importância de refletir sobre as nossas atitudes no dia a dia, para que, fazendo o nosso melhor, possamos ser a transformação que desejamos ver no mundo. Buscar a paz interior e, consequentemente a felicidade, é uma meta a ser conquistada. Por meio do desafio da vida humana, podemos encontrar um caminho de prática que nos leve ao nosso eu verdadeiro para desfrutarmos de uma vida simples e feliz. Monja Coen nos presenteia com um texto claro e objetivo, recheado de amor ao próximo. A partir de reflexões sobre acontecimentos ocorridos e experiências vividas, a autora ajuda o leitor a refletir sobre suas atitudes e a buscar a transformação.

Resenha/Opinião:  A Sabedoria da transformação foi publicado pela primeira em 2014 e após cinco anos ganhou uma nova edição pela editora/selo Academia (Planeta de Livros). O livro é dividido em duas partes, na primeira a autora nos apresenta contos e situações que ela usa para levantar questionamentos e fomentar a reflexão no leitor. Na segunda parte a autora narra as experiências vivenciadas, inclusive algumas antes mesmo da conversão e através dessas narrativas ela nos demonstra as lições aprendidas ao longo de sua existência.
De todos os livros escritos pela Monja Coen que já passaram em minhas mãos, esse foi o de leitura mais difícil, e longe de mim dizer que isso se deve aos escritos da autora, meu incômodo veio do fato dessa obra nos direcionar a uma reflexão pessoal. A sabedoria da transformação, em cada página, nos estimula a analisar nossa presença no mundo e postura frente às diversas situações da vida.
Autoanálise sempre é um momento de certa tensão, é difícil procurar onde estão os nossos erros, assumi-los, aceitá-los e então procurar uma forma de consertá-los. Toda cura só pode acontecer à partir do momento que assumimos ter alguma enfermidade, não é possível melhorar ou consertar o que está inteiro ou hígido.
Precisamos literalmente ser a mudança que queremos ver no mundo, e nossa postura não deve ser um reflexo do mundo. Independente da ocasião ou lugar, precisamos sempre tentar ser o melhor que podemos ser, não esperando uma congratulação e nem viver em função de evitar alguma punição. Devemos ser bons por essência. Durante a leitura, a reflexão sobre minhas atitudes foi pesada e precisei assumir algumas posturas erradas. Mas fico feliz de ter tido a oportunidade de ler mais essa obra da Monja Coen, que com certeza foi um das mais impactantes para o meu engrandecimento pessoal. Todo crescimento é doloroso e incômodo, mas assim conseguimos os melhores resultados.
Esse é aquele livro para apreciarmos, é um livro para você leitor ler um ou dois capítulos por dia. Os capítulos são curtinhos, possuem em média três páginas e são relatos, pensamentos e ensinamentos compartilhados pela autora, a maioria envolvendo o budismo. O livro é maravilhoso e vale muito a pena essa leitura.