A MALDIÇÃO DO MAR – SHEA ERNSHAW

Sinopse: Quando corpos de garotos começam a aparecer no litoral da cidade de Sparrow, alguns moradores se perguntam se a antiga lenda sobre as bruxas vingativas seria verdade. Mas até onde essa caça às bruxas pode levar?
Há dois séculos, três irmãs foram condenadas à morte por, supostamente, cometerem bruxaria. Pedras foram amarradas em seus tornozelos, e elas morreram afogadas nas águas profundas que margeiam a cidade. Agora, por um breve período de tempo – a cada dia primeiro de junho até o solstício de verão –, diz a lenda que as irmãs retornam, roubando os corpos de três meninas para que, por meio deles, possam buscar sua vingança, seduzindo e afogando meninos até a morte. Como muitos habitantes locais, Penny Talbot, conhece a lenda de cor.
Mas, neste ano, quando a cidade se prepara para o anual retorno das irmãs, um rapaz desconhecido, Bo Carter, chega à cidade buscando suas próprias respostas. E Penny o acolhe. Mas quando corpos de meninos locais começam a aparecer no litoral, o clima de desconfiança e medo atinge a cidade, dando início a uma verdadeira caça às bruxas. A narrativa alterna, os eletrizantes eventos do presente com relatos do diário das jovens condenadas por bruxaria, resultando em um thriller sobrenatural inesquecível.

Resenha/Opinião: Há muitos anos, três jovens foram acusadas de bruxaria e afogadas por isso na pequena e esquecida cidade de Sparrow. Se elas de fato o eram, nunca ninguém soube, mas era o que acreditavam as pessoas na época. A cada ano, porém, tal lenda se fortalece, já que o espírito das três jovens volta para afogar o máximo de jovens homens possível.

Muitos na cidade não acreditam que isso realmente é uma obra de bruxaria, mas vivem do turismo que tal fato proporciona. E não há como negar os afogamentos que acontecem todo ano, pouco antes do solstício de verão.

Penny é uma das pessoas que não apenas acredita que isso é uma obra mística, como teme esse período. Por isso, quando sua amiga a leva para a festa que acontece na primeira noite do evento Swan – nome dado por conta do sobrenome das irmãs -, Penny evita a todo custo ir para a água e permitir que seu corpo seja morada de uma das irmãs até o solstício. O canto das irmãs ecoa, chamando um novo corpo, atraindo qualquer um que possa ceder para um período de vingança.

Ao mesmo tempo que a temporada Swan começa, Penny tem que lidar com os sentimentos que o novato e misterioso Bo desperta em si. Ela precisa o proteger, impedir que acabe sendo afogado, porque mais que um rapaz da ilha, as irmãs Swan adoram um forasteiro. E pouco a pouco, Penny se apaixona por ele.

 

 

Já iniciei o livro com uma expectativa imensa, pois além do romance, há também um toque sobrenatural em torno de toda a lenda sobre Sparrow.

Penny é o tipo de personagem que a gente quer sacudir, por querer mais, mas nunca fazer nada para mudar o que deseja, para alcançar seu objetivo. Ao mesmo tempo, com o passar da narrativa, conseguimos a entender melhor e nos identificar com ela em alguns pontos, afinal, descobrimos mais de seu passado e o motivo de sua “inércia”.

O relacionamento dela e de Bo acontece rápido, mas ao contrário do incômodo que costumo sentir quando isso acontece, há algo por trás disso, aquele famoso sentimento de “a gente parece se conhecer de um outro momento”. Isso sempre me fisga nas histórias e fico curiosa para saber mais e desenvolver o romance com isso em mente.

Mas devo confessar que o que mais me prendeu e fez gostar do livro foi a narrativa sobre a história das irmãs. É possível amá-las e odiá-las na mesma medida enquanto lemos o livro, conhecemos sua história e vemos como elas são e o que se tornaram em todo esse tempo de vingança.

Uma história que me prendeu desde a sua sinopse e me fez ler rapidamente, curiosa para como tudo se desenvolveria e se haveria um final feliz. Isso, que deixo para descobrirem, caso se aventurem a ler!