Sinopse Paralela: Elsie e Ben pareciam ter todo o tempo do mundo: vinte e poucos anos, recém-casados, apaixonados. Entre eles as coisas sempre aconteceram depressa, como uma explosão irrefreável de energia. Elsie só não tinha como saber que o brilho de seu romance seria tão fugaz. Pouco mais de uma semana depois de se casar, Elsie perde Ben em um acidente e sente o futuro se desfazer diante de seus olhos. Só o que resta é um eterno agora, carregado de questões não resolvidas do passado. Para atravessar sua dor, Elsie precisará inevitavelmente olhar para trás. Não só para entender a dimensão de sua perda, mas também para conhecer a nova família que nunca chegou a ter ― e para descobrir, enfim, quem ela se tornou depois de ter seu final feliz interrompido. (Resenha: Para Sempre Interrompido – Taylor Jenkins Reid )
Opinião: “Para sempre interrompido” é o romance de estreia que já indica traços do sucesso que sua autora teria no futuro. Taylor Jenkins Reid se arriscou logo de cara a contar uma história extremamente triste, mas muito reconfortante ao mesmo tempo. Imagine viver um amor avassalador, se casar e perder a pessoa amada em apenas 6 meses. Pois esse é exatamente o enredo desse livro.
Elsie conhece Ben pelas linhas do destino (que, aliás, é bem presente nos 3 primeiros romances da autora) e logo os dois se casam, sem nem antes conhecerem suas respectivas famílias. Porém, Ben acaba morrendo em um acidente e Elsie acaba se afogando em um mar de tristeza, luto e problemas. Casados há apenas uma semana, nem a certidão de casamento ela possui, e o primeiro encontro com a sogra não é nem de longe o ideal.
Em uma narrativa intercalada – que se tornou típica das obras de Reid – entre os meses antes e depois do acidente, o leitor vai descobrindo as facetas desse amor à primeira vista e, também, a dor sentida por Elsie e se ela será capaz de superar a perda do marido. Durante a primeira metade do livro, a autora se encarrega de mostrar o verdadeiro inferno que a personagem está vivendo. Sem um relacionamento muito bom com os pais, tendo que resolver as pendências da morte de Ben com uma sogra não muito fácil de lidar e contando apenas com a ajuda da melhor amiga para se reerguer, Elsie está em seu pior momento.
Porém, Taylor Jenkins Reid faz questão de abraçar a personagem (e os leitores também) e mostrar que nem tudo está perdido. Durante a segunda metade, com um salto temporal de dois meses após a morte de Ben, Elsie e a sogra, Susan, começam a se entender e percebem que podem se ajudar a superar o trauma, o luto e a dor.
O livro possui uma forma de contar a história que muito se assemelha aos filmes de sessão da tarde. Isso acaba deixando a história um tanto quanto previsível e fazendo com que os leitores já saibam praticamente tudo que irá acontecer apenas lendo a sinopse. Não é um ponto necessariamente ruim. A pessoa que está precisando receber o tipo de mensagem que o livro transmite vai saber facilmente que essa é uma ótima pedida de próxima leitura.
E esse é exatamente o ponto que deve-se chegar ao terminar essa leitura. “Para sempre interrompido” foi o primeiro livro publicado de Taylor Jenkins Reid e é possível enxergar claramente uma melhora imensurável em sua escrita. É injusta a comparação deste com, por exemplo, Daisy Jones and The Six. São livros diferentes, com propostas diferentes, escritos em momentos diferentes e por autoras diferentes. Sim, porque, obviamente, a Taylor Jenkins Reid que escreveu “Para sempre interrompido”, não é a mesma que escreveu “Amor(es) verdadeiro(s)”, que não é a mesma que escreveu “Malibu renasce”. O crescimento de Taylor como autora é inegável e muito bonito de se ver (ou ler, rs) em todas as suas obras.
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