Sinopse: Certamente tanto o público brasileiro, assim como o de língua inglesa, está familiarizado com o “Cântico de Natal”, de Charles Dickens, uma história em que três fantasmas ajudam o protagonista a descobrir o significado do natal. Mas os fantasmas também estão presentes em vários outros contos do clássico autor inglês, independentemente do 25 de dezembro. Este volume da coleção Clássicos do Medo reúne as melhores histórias de fantasmas de Dickens, que conduz o leitor aos limites da realidade, em textos onde não se sabe o que pode ser verdade ou o que se trata de imaginação.
Resenha/Opinião: Quando o assunto é histórias de fantasmas, Dickens é mestre, essa obra reúne contos que são no mínimo intrigantes, aqui temos assuntos que vão desde de relatos da loucura de um personagem que divaga enquanto sua mente cria um novo ambiente que ele toma como realidade e vai até histórias de espíritos e fantasmas que colocam em questionamento a sanidade de outros personagens induzindo ao leitor a se questionar sobre os fatos, tentando separar o que pode ser real do que pode ser imaginário.
A leitura é simples e a narrativa é fluida, assim a leitura é rápida e prazerosa para os leitores que se instigam com histórias inquietantes. Apesar de se tratar do sobrenatural, o livro não tem em si teor violento ou altamente aterrorizante, tendo em vista que o terror presente é psicológico, assim não acredito que há restrições para os leitores.
Dessa coletânea de contos, o meu preferido foi o último “O homem do sinal”, apesar de ser tão inquietante como todos os outros, este não tem um final óbvio e após a leitura um triplex foi alugado dentro da minha cabeça e levei um tempo para absorver a reviravolta e a surpresa que o final dessa narrativa oferece.
Apesar de ter gostado muito da leitura, para aqueles que estão interessados em conhecer a obra de Dickens aconselho não usá-la como ponto de partida por ser uma coletânea de contos “leves”, para quem ainda não leu a obra de Charles Dickens, minha indicação é iniciar pela obra “Um cântico de Natal”, que é usado como referência para o título do livro que estamos discutindo, aqui temos contos de fantasmas mas dessa vez sem Natal, sacada inteligente do autor. Assim como o título, a narrativa é extremamente inteligente e cada página um deleite e minha única reclamação é que são contos tão bons que poderiam ser bem mais longos.
Mais Notícias
Bem Mais Perto – Susane Colasanti
Bela Maldade – Rebecca James
Batendo à Porta do Céu – Jordi Sierra i Fabra