Pelo menos 20% dos 19 pacientes com covid-19 internados em hospitais na Alemanha morreram, e a taxa subiu para 53% entre os que receberam assistência respiratória – aponta um estudo publicado nesta quarta-feira (29/7).
O estudo com 10 mil pacientes foi realizado entre 26 de fevereiro e 19 de abril pelo Instituto Científico da seguradora pública AOK (Wido), pela Associação de Medicina Intensiva e de Emergência (Divi) e pela Universidade Técnica de Berlim e publicado na revista médica britânica “The Lancet”.
Os resultados também mostram que quase 30% dos pacientes hospitalizados com mais de 70 anos não sobreviveram. A taxa chega a 38% para aqueles com mais de 80 anos.
Os casos de evolução grave da doença “dizem respeito, principalmente, a idosos, cuja saúde já está afetada, mas também a pacientes mais jovens”, afirma o diretor do Wido, Jürgen Klauber, pedindo à população que seja cautelosa para evitar novos contágios.
Entre todos os pacientes atendidos nos hospitais, 1.727 receberam assistência respiratória e permaneceram internados em média por 25 dias, o dobro do restante.
Reinhard Busse, professor da Universidade Técnica, disse que o estudo fornece “dados importantes para nos prepararmos para uma segunda onda da pandemia”.
Graças a seu sistema de saúde descentralizado, a Alemanha conseguiu aumentar rapidamente sua capacidade de acolhida de pacientes com COVID-19 e, no geral, resistiu melhor ao coronavírus do que seus vizinhos europeus.
Recentemente, as autoridades de saúde têm insistido em seus pedidos para que os alemães permanecessem vigilantes.
O diretor do Instituto Robert Koch, Lothar Wieler, reforçou, na terça-feira, a necessidade urgente de se respeitar os padrões de higiene, o uso de máscaras e de se manter a distância social.
Nesta quarta-feira, a Alemanha acumulava 206.926 infectados, 684 a mais do que no dia anterior, e 9.128 mortes.
Mais Notícias
Consórcio de imprensa mostra que Brasil tem 120 mil mortos por covid-19
Vacina começará a ser testada enquanto casos de covid voltam a subir no DF
Bolsonaro mostra caixa de hidroxicloroquina para as emas do Alvorada